Prefiro uma criança chutando bola no meu portão do que pichando o meu muro e tacando pedra no meu ca
- alexandreareas
- 5 de ago. de 2014
- 2 min de leitura
O lazer na cidade praticamente tem se resumido a barzinhos ou redes sociais e as opções privadas que surgem na cidade são construídas em cima destes pilares. Principalmente nas regiões menos favorecidas e mais afastadas do centro. Ambas as práticas, pouco saudáveis se executadas em exagero, são reflexos de diversos fatores, como a violência que afasta as pessoas das ruas, a escassez de espaços adequados de lazer (sejam públicos ou privados), a correria do dia a dia, a pouca iniciativa dos investidores privados na cultura do lazer cultural, entre outros. Fico extremamente entristecido ao ver jovens dançando em cima de carros, consumindo álcool abusivamente, talvez até drogas, exaltando um erotismo vulgar, sendo tomados por uma violência gratuita no bairro em que nasci e cresci. Assim como também fiquei entristecido ao ver o Campo da Ponte Preta (em Duques) sem as traves, virando um canteiro de obras de mais um megalômano empreendimento imobiliário na região. O que farão nossas crianças daqui a alguns anos, quando os espaços de lazer, campinhos de várzea e ruas calmas que viram "playground" não existirem mais? Cada um de nós tem que fazer a sua parte, portanto, considero essencial a tomada de algumas ações voltadas a estabelecer práticas mais saudáveis e socializadoras, das quais destaco: • A manutenção das áreas de lazer: pintura, limpeza, segurança e consertos; para que possam ser mais e melhor utilizadas pela comunidade; • A elaboração de campanha educativa para a comunidade preservar as áreas de lazer; • Maior conscientização popular em preservação das mesmas; • A escuta atenta dos interesses das diferentes comunidades sobre as suas atividades preferidas por ocasião da construção de novas áreas; • A consideração da clientela específica que poderá usar tais áreas: homens e mulheres; crianças, adolescentes, adultos e idosos, para que elas não excluam seus usuários potenciais; • A elaboração de um plano de instalação de aparelhos de ginástica, lazer e esportes, acompanhados com as devidas informações sobre o seu uso e com presença de instrutores; • A construção de novas áreas de lazer, como praças, campos e quadras poliesportivas, nas localidades que mais carecem. Atualmente tenho acompanhado mobilizações e conquistas muito importantes sendo feitas pelo poder público, na esfera Municipal e Federal. Sejam elas Academias da Saúde, Centro de Iniciação Esportiva, Centros de Artes e Esportes Unificados, Programa Esporte e Lazer nas Cidades, reforma de Praças, dentre outras iniciativas. É isto que venho defendendo, estamos buscando e tendo um apoio muito satisfatório, mas ainda há muito a ser feito. Sempre lembrando que Educação, Respeito e Influências Culturais também são aprendidos no ambiente familiar, ou pelo menos deveriam.
Alexandre Arêas – CREF 08385 - G
Gestor de Esportes em instituições públicas e privadas, formado em Educação Física, pós graduado em Treinamento Esportivo, com diversos cursos nas áreas em que atua.
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