Como a “musculação” ajuda no emagrecimento.
- alexandreareas
- 29 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
Um dos problemas mais comuns nas pessoas acima do peso e que desejam emagrecer é o metabolismo lento quando estão em repouso. Ou seja, o organismo passa a utilizar menos energia quando está em repouso, o que facilita a recuperação da gordura eventualmente eliminada em dietas não associadas com um programa de treinamento físico.

Por provocar um elevado gasto calórico durante a sua prática e por utilizar a gordura como principal substrato de fornecimento de energia, ainda é comum acreditar-se que apenas os exercícios como corrida, caminhadas, ciclismo e outras atividades aeróbicas contínuas são indicadas para a redução do percentual de gordura.
Ledo engano acreditar que apenas estas atividades atuam no emagrecimento, o que tradicionalmente era tido como verdade absoluta vem sendo desmentido com estudos científicos há algum tempo.
No entanto, o que nem todos sabem é que a musculação – treinamento de força ou exercício anaeróbico – também é um fator importante para a perda de peso e, mais importante, é fundamental para a manutenção da boa forma após o emagrecimento.
A musculação, além de potencializar o exercício aeróbico, também tem papel fundamental no aumento do gasto calórico nas atividades do dia a dia.
Musculação não significa necessariamente levantar peso visando hipertrofia: qualquer atividade que envolva estímulo neuromuscular, como ginástica localizada, cross fit, ginástica funcional ou musculação em circuitos desempenham um papel importante.
Por auxiliar no ganho da massa muscular o treinamento de força atua no aumento da taxa metabólica basal (metabolismo em repouso) o que significa que para realizar as mesmas atividades do dia a dia e manter a massa muscular adquirida o organismo gasta mais energia nas atividades corriqueiras, como andar, dormir, tomar banho, trabalhar, etc.
Como as células musculares possuem uma quantidade de mitocôndrias muito grande, estas exigem um grande suprimento de energia para manterem suas funções e estruturas. Além disto, após o término do exercício, o corpo continua gastando energia por um período relativamente longo, podendo se estender até o dia seguinte.
Durante o repouso pós treino o músculo passa por um processo de catabolismo, ou seja, é degenerado. No momento seguinte, ele precisa se recompor para estar apto as atividades que lhes serão solicitadas, com isso vem todo um processo de adaptação neuro muscular e fisiológica que gera um aumento significativo do gasto calórico mesmo em repouso. E o organismo entra em estado de anabolismo, o que vai regenerar o músculo e torná-lo ainda mais forte e resistente.
O peso na balança, que muitas vezes aumenta com a prática da musculação, na maioria das vezes é ocasionado pelo aumento da massa muscular, não tendo relação direta com o aumento de gordura corporal. Muitas das vezes o indivíduo está diminuindo o percentual de gordura e aumentando a massa magra, gerando um possível aumento do peso corporal total.
Sem dúvida, o melhor que se tem a fazer é associar a dieta aos exercícios aeróbios, à musculação e aos alongamentos, num programa individualizado adequado às suas necessidades, biótipo e condicionamento físico, tornando indispensável uma avaliação e acompanhamento de profissionais preparados para lhe atender.

Alexandre Arêas Educador Físico – Gestor de Esporte, personal trainer e especialista em treinamento desportivo Publicado no Jornal Diário do Leste em 29 de abril de 2016
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